10 de fev. de 2012

Marta coloca o PT na parede: "De mãos dadas com o Kassab?"

Senadora paulista traduziu em seu Twitter um sentimento que parece comum a boa parte dos petistas e simpatizantes

Por Glauco Faria
Hoje pela manhã, a senadora Marta Suplicy traduziu em seu Twitter um sentimento que parece comum a boa parte dos petistas e simpatizantes: “Como posso, neste momento, me integrar à campanha do Haddad se corro o risco, de uma hora para outra, de me ver de mãos dadas com o Kassab?” A dúvida pontual diz respeito não apenas a ela, mas à própria militância petista e a quem se interessa pelos rumos da política paulistana e nacional.
Em 1988, Luiza Erundina era a candidata oficial do PT à prefeitura de São Paulo. O processo de escolha, por meio de prévias, não foi exatamente pacífico. O candidato da Articulação, grupo do principal líder do partido, Lula, era Plínio de Arruda Sampaio, mas ele foi derrotado pela deputada estadual na escolha da militância. O resto da história, todos sabem: Erundina venceu, ainda que a contragosto de muitos petistas à época, e esteve à frente de uma gestão que teve grandes méritos, mas que também enfrentou conflitos internos bastante educativos para o partido. Dois anos depois, Plínio disputou o governo do estado, ficando em quarto lugar, com 12,1% dos votos.
Esse processo de ampla discussão interna sempre fez parte da vida do PT. Dinâmica que em algumas ocasiões prejudicou o partido; em outras, deixou evidente o acerto da decisão da maioria, como no caso citado acima. Há vários outros exemplos nos quais candidatos de correntes minoritárias conseguiram viabilizar suas candidaturas e vencer eleições. Em outras, não saíram vitoriosos, mas prepararam o terreno para triunfos futuros. Hoje, esse debate mingua cada vez mais no partido, que se iguala em seus processos decisórios a qualquer outra agremiação, à direita ou à esquerda, que concentra a determinação de seus rumos nas mãos de poucos. Em São Paulo, isso fica nítido.Ler Mais>>>

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