8 de jul. de 2011

A Caça!

De novo sozinho na penumbra do quarto
Deprimido, enlouquecido.
Um litro de whisky, um maço de cigarros.
Música bonita, anos 80, rock!
Avenidas e ruas disponíveis, uma cidade inteira.
Mistérios da noite, mistérios, lua imensa.
Noite clara. Caça aberta,
Um predador faminto na caça.
Mas com uma caça marcada.
Só ela esta noite, só ela!
Buscando seus beijos, seu aconchego,
Sua alcova, seu canto, seu ninho.
Seu mundo de portas fechadas
Cheio de cumplicidade e pecado.
Louco, alucinado, turbinado pelo whisky.
Um maço de cigarros se foi com a música
Nada de concreto na cabeça
A busca constante pela linda prostituta loura,
Aquela sensual que canta em inglês no palco do bar.
Que sussurra e mente em português no quarto.
Que abraça, geme e goza, mente que goza.
Talvez goze!
Seus olhos lindos, muito azuis.
Um batom vermelho, um vestido leve.
Ela diz a mentira que eu quero, que eu busco.
Talvez não minta, talvez seja verdade.
Cada sussurro, cada gemido.
Sabendo, como sei que são mentiras,
Tornam-se verdades absolutas.
Verdades que preenchem minha noite
Puras verdades!
Num quarto semi-iluminado,
Alcova de prazer eterno.
Eterno por uma noite, mas eterno.
Eterno nos sorrisos, nos beijos, nas carícias,
Ao menos esta noite eterno!
Pois o tempo é eterno,
Cada fração dele, cada minuto dele.
Agora um corpo nu, cansado.
Lindo corpo nu!
Um rosto lindo, sem maquiagem,
Um cabelo meio desgrenhado, molhado,
Valeu à pena a caçada, o encontro.
Cada mentira dita ou ouvida
Cada abraço, cada beijo.
Cada gole do whisky, cada cigarro
Cada pecado, cada sussurro!
As emoções dessa noite,
São intermináveis, incontáveis,
Inesquecíveis, sensacionais!

Paulo Pacheco








Um imenso abraço, Paulo César Pacheco, 02/11/2008!

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